terça-feira, 20 de julho de 2010

Este ano voltei às maçãs. Estou a fazer a monda. Não que goste, mas porque o dinheiro como a toda a gente faz falta. Tenho dormido mal e pouco. São 8 horas de trabalho ao sol, a aturar muitas vezes pessoas que não interessam a ningúém, chego a casa sem paciência para nada, quero é paz e sossego, mas não... chego a casa e ainda levo com porrada de uma menina de 4 anos, com birras infinitas e gritarias...
Isto de ter que aturar os filhos dos outros tem muito que se lhe diga!
Pior é nós passarmos por maus.
Mas também já não me importa o meu saco encheu e transbordou!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tinha uns 4 ou 5 anos quando assisti ao Paulo (o meu pai biológico) dar um murro à minha mãe. Lembro-me de um dia, não sei qual, em casa da minha avó, ir buscar uma vassoura para lhe bater. Lembro-me de crescer com a ausência dele. No entanto tive um Pai, legalmente é meu padrasto, que me educou, que me mimou, que me ajudou nos trabalhos da escola, que me incentivou a querer estudar e ser mais do que ele e a minha mãe, que me bateu e ralhou quando necessário. Cresci sem ter tudo o que queria. Lembro-me da Mafalda, uma amiguinha, tinha um quarto só de brincar e tinha todos os brinquedos e roupas giras que eu também queria. Queria, mas não tinha que o dinheiro não chegava para isso e compreendia, triste mas compreendia. Nunca fui de grandes birras. Se me pediam para estar sossegada ficava quietinha a cumprir as ordens! Lembro-me de chorar á noite na cama e de rezar a um bisavô, tudo porque ficava triste, porque os pais dos outros embora divorciados íam buscá-los para passarem o fim de semana, havia prendas no Natal e no aniversário e o meu, bem o meu nem um telefonema. Senti-me revoltada muitas e muitas vezes. Repeti alto e em bom som que um dia ainda havia de lhe passar com o carro em cima. Ele já tentou uma aproximação, mas eu não consigo perdoar, nunca vou conseguir entender os porquês dele e da familia dele.
Embora tudo isto, nunca fui de andar a bater na minha familia, sempre os respeitei desde miuda. Nunca respondi mal aos meus avós ou até mesmo aos meus tios e primos.
Fui uma garota calma. Sem grandes sorrisos. Não sou de sorrir. Mas nunca fui mal educada para ninguém. E nunca faltei ao respeito po iniciativa a ninguém.
Se calhar fui eu que fui demasiado bem educada ou a educação que recebi não é deste mundo. Quer-me parecer que quem é mal educado é que se safa e é quem tem o respeito dos outros!

domingo, 27 de junho de 2010



All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old
The anger swells in my guts
And I won't feel these slices and cuts
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine
Tell me that you'll open your eyes
Get up, get out, get away from these liars
´Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time
Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine
Tell me that you'll open your eyes
All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aqui ficam as fotos de um fim de semana perdido em São pedro do Sul... Ai aquelas termas...e as massagens Vichy...ai aquela àgua quentinha...
















E então que regresso, comovida depois de uma alminha anónima (foste tu Aninhas para me motivar?) ter confessado sentir saudades da minha vida (nada interessante). A acrescentar à também péssima escrita. Obrigada, sempre aquece a alma.
Confesso-me aqui, que na disciplina de português a maior dificuldade era construir um texto com "cabeça, tronco e pés", se é que me faço entender. As minhas composições sempre foram uma balburdia de pensamentos e ideias vomitadas sem qualquer ordem. Nem sei o que me passou pela cabeça para criar um blog.
Saber até sei, seria este o meu "escape ", mas não foi, a pouca inteligência que "Deus" me deu fez com que divulgasse entre as amigas e afins o blog.
Conclusão, continuo com tudo entalado dentro de mim...
"Ai eu, ai eu" o que aqui vai...se eu pudesse bradar aos céus... se eu fosse uma desbocada que não medisse consequências das palavras, seria uma pessoa mais feliz.
Então vá, não prometo nada, mas quando tiver alguma coisita de jeito (qualquer coisa estupida) para escrever cá venho então queixar-me da vida!

domingo, 30 de maio de 2010

O meu pai diz-me que toda a gente se levanta de mahã com um objectivo (ou vários, depende), e que eu preciso de achar o meu objectivo, aquele que me faz levantar e fazer qualquer coisa pela vida!
E tem toda a razão.
Bolas detesto, mas ele tem quase sempre razão!
Parece que ando à deriva na minha vida, à espera que alguém me resgate, me dê dois estalos e eu acorde para o mundo. É, infelizmente sou assim. É como as dietas, sempre para a segunda-feira que vem!
Falta-me alguma coisa. E émbora precise de trabalho (na minha área) e de dinheiro, não é isso que me falta.
Falta-me qualquer coisa e eu não sei o quê.
Para a semana que vem tenho alguns planos.
Um deles é talvez pôr fim ao blog.

sábado, 29 de maio de 2010

Uma semana depois e ainda ninguém mexeu nas coisinhas dele, está tudo no mesmo sitio.
Ás vezes de onde menos se espera vem uma boa surpresa e esta hoje aqueceu-me o coração.
"Olá linda, tudo bem na tua vida?
Tava aqui a pensar na vida e lembrei-me de ti.
Eata mensagem é só para te dizer que mesmo não sendo aquele tipo de amigo que te visita e está contigo te considero minha amiga. Guardo-te com carinho. Beijo grande"
Foi bom, muito bom, estava a precisar de um miminho destes. OBRIGADA João Gil, sei que não lês o blogue (aliás tirando as 10visitas diárias mais niguém lê) mas fica aqui publicamente a minha gratidão!
Conheci o João há uns anos quando trabalhei numa Discoteca cá do sitio, eu era caixa e ele apanha copos. Algumas amigas minhas já o conheciam. Era giro, alto, moreno, com aquele estilo tranquilo, calça larga, ténis, cabelo despenteado. Eu era a "betinha" vá, que nunca usei pólos nem sapato de vela, mas era assim que ele me chamava.
Logo o João que não foi nada com a minha cara, achava-me com a mania e beta (naquela altura era bem mais gira que agora, oh tempo volta para trás!).
Enfim... lá mudou de opinião para melhor!
Muito obrigada, nem sabes como me animas-te o resto da tarde de hoje!

A eutanasia nos animais...matar por amor?

A semana foi dura de passar, chorei que nem uma madalena.
Estou agora a escrever e a sentir aquele nó na garganta, sinto falta do meu pequenino, das patinhas dele, dos miau au au que ele fazia quando chegava a casa, sinto falta da rotina com ele, sinto falta e pronto!
O assunto ainda me transtorna e eu mal tenho falado sobre ele, a meio da semana pisguei-me para caso do meu respectivo, ao menos lá não ha recordações de nada, e a bem dizer fez-me bem. Agora que voltei estou outra vez para o mesmo.
A minha mãe também se fartou de chorar, parece que passou dois dias no trabalho sem abrir o bico. O meu pai, se chorou eu não vi, mas falava muito no assunto, partilhava o assunto com os colegas de trabalho (que também têm gatos), parece-me que "pediu conforto" nas palavras dos outros para se justificar o acto.
Mas eu repito na minha mente over and over again aquelas horas, quando olhei para o veterinário e lhe disse que sim com a cabeça. Ele perguntou se eu queria assistir. Respirei fundo e disse que sim. Entrei na sala, peguei no meu tarequito e abracei-o ao mesmo tempo que me desfiz em lágrimas. O veterinário abriu a porta e foi para a rua, regressou com os olhos vermelhos e vidrados. Foi ao meu colo que ele lhe administrou a anestesia geral, eu chorava, sempre com uma esperança de se reverter tudo, ele foi ficando calmo, a respiração mais leve, vomitou a comida e a merda das cascas de camarão que roubou do lixo, e eu só pensava, fodasse quem deixou a merda do lixo aberto? se ele não tivesse comido esta merda se calhar isto não tinha acontecido. Fui-lhe fazendo festas. e sempre com a puta da esperança. Mesmo agora, tou aqui sentada e tou com esperança que ele apareça lá fora a miar para entrar.
Peço desculpa, mas não me consigo controlar e este texto vai ser escrito à base de asneiras.
Fodasse que nunca pude imaginar que se podia amar tanto um animal. Era a minha companhia, era o pequenito cá de casa, cheio de pinta, cheio de piada...
Beijei muito aquele narizinho. E foi em cima da bancada que ele ficou ali deitado, morto.
Magoa-me tanto a morte dele como a da minha avó que faleceu à um ano.
Eu que sempre fui a favor da eutanásia, agora pergunto-me quem somos nós para decidir se aquela pessoa deve ou não morrer? Nós a decidirmos sobre a vida de outrem? Matar por amor é o que lhe chamam...
É nestas alturas que eu gostava de ser rica. Tinha dinheiro para pagar mais um tratamento, mais uma operação, a comida ainda mais cara... e se assim fosse estava ele aqui ao meu colo de fralda, colar isabelino a espreguiçar-se todo mimalhão...
Saudades, tanta saudade...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estou de luto.
Por hoje não tenho muito a dizer.
Hoje tive de mandar abater o meu Tarequito.
Vou enfiar-me debaixo do xuveiro.